segunda-feira, 24 de agosto de 2009


Você foi minha pior influencia, e quem me deu o melhor conselho!
Me fez beber cerveja e rir no final, me ensinou a falar palavrão, e me fez aproveitar o estatus de neta mais nova e tirar onda com todo mundo. Mas antes de tudo brigou comigo, sempre me dizia ‘Eu sou seu pai duas vezes, sou seu avô’ e me dava os melhores conselhos sobre tudo. Lembro das tuas brigas com o a vovó, do sapato mofado no armário, e os poucos momentos que fizeram nossa história. Nunca fui a mais próxima nem a mais afetuosa e quando eu te abraçava me perguntavas se eu tava ‘beba’, eu ria de ti e dizia que eras o mais gato de todos... E ria das tuas manhas, e quando dizias que Bebé era apelido que a cabra tinha te dado, e do teu mingau que era passado no liquidificador para não engasgar, quando dizias que era apaixonado pela nega Lene, e que ainda ia casar com ela.
A ultima vez que te vi, no dia em que vim embora, você tava doentinho nem levantou da cama, disse para eu me cuidar e eu chorei baixinho, tentando ter esperança de que te veria mais uma vez. Vovô, foi tão cedo pros que te amam, tarde para a que te espera.
Cuida lá de nós com a velhinha, e protege a gente como sempre fez, agora com a força divina! Saudades eternas.


Um comentário:

Juliana Albuquerque disse...

Força Lau, a memória é uma dádiva porem pode ser a perdição, saiba usa-la com clareza para que possa sofrer menos e se aventurar mais. Assim como seu avô viveu o tempo dele viva intensamente o seu. Essa é uma das lições que podemos tirar da morte.
Um super beijo pra você!

ps: o blog continua maravilhoso como sempre! ^^